O conjunto brasileiro formado por Monica Graziano e o cavalo Árabe La Tâche D’Jok TRIO (D’Jok PY x SM La Turca) conquistou o 6º lugar na categoria de 160 km do Al Fursan Custodian of the Two Holy Mosques Endurance Cup 2025, realizado entre os dias 8 e 9 de fevereiro em Al-Ula, na Arábia Saudita. A competição, uma das mais prestigiadas e com a maior premiação do mundo no enduro, reuniu atletas de 50 países e distribuiu prêmios totais de aproximadamente R$ 32 milhões.
A competição contou com a participação de 285 conjuntos, divididos em duas categorias: 200 participantes na CEI3* 120 KM e 85 na CEI3* 160 KM. Além de premiar os 10 primeiros colocados de cada categoria, com valores variando de R$ 2.170.000 a R$ 387.500, a competição se destaca pela distribuição de prêmios generosos a todos os atletas que conseguiram completar o percurso.
Na prova de 120 km, realizada no sábado (08/02), além dos 10 primeiros colocados, que receberam premiações expressivas, outros 88 conjuntos que finalizaram a competição receberam R$ 155.000 cada. Já na categoria de 160 km, disputada no domingo (09/02), 85 conjuntos iniciaram a prova, mas apenas 28 conseguiram completar o percurso. Desses, além das premiações significativas dos 10 primeiros colocados, os outros 18 atletas foram premiados com R$ 139.500 cada pela conclusão da prova.
Dessa forma, Mônica Graziano e La Tâche D’Jok TRIO não apenas garantiram uma das posições de destaque entre os conjuntos participantes da categoria de 160 km, mas também asseguraram uma significativa premiação equivalente a cerca de R$ 387.500. Ao lado dela na prova de 160 km, outro brasileiro, Thiago Lana, também participou da disputa montando a égua Puro Sangue Árabe Proeza do Bom Viver (RSC El Deb Haran x Anata), de propriedade de Carlos Augusto Amaral Paes de Barros.

Desempenho dos atletas brasileiros nos 160 km da prova de enduro
Dr. Guilherme Ferreira Santos, veterinário da Federação Equestre Internacional (FEI) e membro da Comissão de Enduro da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), destacou a importância da participação dos atletas brasileiros e a relevância do resultado de Monica. “Monica obteve um excelente resultado ao terminar em 6º lugar montando La Tâche D’Jok TRIO, um cavalo de criação nacional, de propriedade de Renato Salvador. Tiago montando Proeza do Bom Viver, também de criação brasileira, acabou eliminado no final do terceiro anel numa prova de 6 etapas”, explicou o médico veterinário.
Renato Salvador, proprietário de La Tâche D’Jok TRIO, cavalo da raça Cruza Árabe de 10 anos, expressou grande satisfação com o desempenho do cavalo. “Ficamos extremamente felizes com o resultado. La Tâche D’Jok TRIO mostrou ser um cavalo excepcional. Al-Ula é uma prova de grande importância no cenário mundial do enduro, não só pela premiação elevada, mas também pela participação de mais de 50 países e pela presença de cavaleiros de elite. As trilhas impõem grandes desafios físicos e estratégicos, tanto para os cavalos quanto para os cavaleiros”.
O proprietário do cavalo ainda comentou sobre o trabalho em equipe e os resultados anteriores: “Esse resultado é fruto de planejamento e trabalho em conjunto com o Haras La Tacada, tanto no Uruguai quanto em Dubai. No ano passado, corremos em Al-Ula com Uzes TRIO e também conquistamos a sexta colocação. No último Mundial, em Mompazier (França), três cavalos de nossa criação participaram, o que demonstra que estamos no caminho certo. Mas o resultado não é bom só para o Haras TRIO, é ótimo para o Enduro Brasileiro”, pontuou Salvador.

Brasileiros marcam presença na prova de 120 km
Outros dois atletas brasileiros também participaram da competição, mas na prova de 120 km. Rafaela Pantel Vianna, montando Gaia de Morgane AA, terminou em 27º lugar, enquanto Felipe de Azevedo Morgulis, com Fauve Aya, ficou em 36º. A competição desta categoria foi exclusiva para atletas convidados, com a organização do evento cobrindo os custos de viagem dos cavaleiros e seus cavalos.
Dr. Guilherme destacou a importância da prova de 120 km dentro do evento, que contou com a participação de cavaleiros estrangeiros selecionados com base no ranking de seus respectivos países. “Felipe Morgulis foi convidado por ser o cavaleiro número 1 do Brasil, enquanto Rafaela, residente em Dubai, montou um cavalo local para garantir sua vaga”, afirmou.
Com bons resultados e crescente destaque no cenário internacional, os cavaleiros brasileiros, montando cavalos Árabes de criação nacional, continuam a fortalecer sua presença nas competições de enduro, consolidando a contribuição do Brasil no desenvolvimento do esporte em nível mundial.
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Por Natália de Oliveira/Agência Cavalus
Fotos: Divulgação
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