Raça Anglo-Árabe mostra forte aptidão para alto rendimento em Concurso Completo de Equitação

Levantamento aponta que mais de 50% dos equinos olímpicos do Time Brasil da modalidade nos últimos 28 anos possuem forte influência desta raça
Anglo-árabe

A raça equina Anglo-Árabe, resultado do cruzamento entre o Puro Sangue Árabe (PSA) e o Puro Sangue Inglês (PSI), se destaca como uma das mais promissoras para o alto rendimento no Concurso Completo de Equitação (CCE). Um levantamento conduzido pelo instrutor de equitação Eduardo Migon, diretor de CCE da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe (ABCCA), revela que mais de 50% dos animais que integraram o Time Brasil na modalidade ao longo dos últimos 28 anos em Jogos Olímpicos e Mundiais têm forte influência do PSI, seja diretamente ou por meio do Anglo-Árabe.

Migon destaca que o Time Brasil de CCE tem participado continuamente dos Jogos Olímpicos desde Atlanta 1996. Com base em dados das principais associações de raças equinas no Brasil, ele apresentou um quadro detalhado dos animais que integraram as equipes ao longo desses 28 anos, incluindo:

• Xilena (1996): Anglo-Normando x Anglo-árabe

• Eden (1996/2000): Trakehner x Puro Sangue Inglês

• Fellini (2000): Puro Sangue Inglês (1/4) x Puro Sangue Inglês 

• Amazonian (2000): Puro Sangue Inglês
• Milano TW (2004): Anglo-árabe x Puro Sangue Inglês 

• EHK Mozart (2004): Anglo-árabe

• Rally MW (2004): Anglo-árabe

• Super Rocky (2004/2008): Puro Sangue Inglês 

• Landheir (2008): Puro Sangue Inglês (1/4) x Puro Sangue Inglês (3/4)

• Bárbara (2012): Sela Francês x Anglo-árabe

“Esses equinos mostram a relevância do modelo adotado pela raça Anglo-Árabe no sucesso brasileiro em competições de CCE”, aponta o instrutor de equitação. Assim, Migon observa que “a presença do Anglo-Árabe pode ser bastante interessante para o desenvolvimento de conjuntos de alto rendimento na modalidade, especialmente devido à influência do PSI em sua matriz.”

Outro ponto importante levantado por Migon é a contribuição do Sela Francês (SF) no contexto da modalidade, a nível internacional. “Analisando os registros dessa raça é possível estimar uma contribuição de sangue Anglo-Árabe na ordem de 10 a 15% em relação ao estoque genético do Sela Francês. A presença do Anglo-Árabe no Sela Francês reforça a interconexão entre as raças e destaca ainda mais a importância, em especial, do PSI”, completa.

Diante desses dados, Migon enfatiza a necessidade de calibrar o desenvolvimento da raça Anglo-Árabe em sintonia com os contextos internacionais e os resultados em pista. “Através deste levantamento, fica perceptível que mais de 50% dos animais olímpicos do Time Brasil de CCE possuem forte influência PSI, seja diretamente ou via Anglo-Árabe. Por isso, é fundamental que proprietários, treinadores e atletas reconheçam o valor dessa raça, especificamente do AA com um maior percentual de presença de PSI, a fim de obterem alto rendimento na modalidade”, conclui.

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Por Natália de Oliveira/Agência Cavalus
Foto: Divulgação
Crédito da foto: Milano TW (AA), com Remo Tellini, representou o Brasil nos JO Atenas 2004, filho de Diapason des Gaves (AA)

Leia outras notícias no site da ABCCA

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